A cidade portuguesa de Barreiro
teve origem numa «pobra» ou aldeia ribeirinha, repovoada após a reconquista,
sob a égide dos Cavaleiros da Ordem de Santiago da Espada.
Os seus povoadores dedicavam-se
às actividades piscatórias e da extracção do sal.
No esteiro do rio Tejo que no
Barreiro entra pelo Rio Coina encontrava-se Vale de Zebro, onde outrora se
erguiam fornos que fabricavam os biscoitos que abasteciam as naus que saíam de
Lisboa, rumo à Índia e ao Brasil.
Nas duas margens dos esteiros
funcionavam moinhos de maré que fabricavam a farinha para os biscoitos. Os
celeiros, fornos e moinhos subsistiram até ao século XIX.
O desenvolvimento do Barreiro
teve início em 1861, com a exploração das linhas férreas até Vendas Novas (57
km) e até Setúbal (13 km). Com o surgimento deste meio de transporte, este
haveria de despoletar um processo histórico, que viria a ser determinante, não
só para o Concelho, como para o país. A implementação de indústrias pela
Companhia União Fabril (CUF), desde 1898 dirigida pelo dinâmico e empreendedor
empresário que foi Alfredo da Silva.
Desde então o Barreiro
tornar-se-ia uma “moderna vila industrial e operária". Os vestígios deste
passado são ainda hoje uma marca da cidade, através das Oficinas da CP, dos
Bairros Operários, e em especial do ainda presente parque
industrial-empresarial da Baia do Tejo (actual nome da antiga CUF, QUIMIGAL e
Quimiparque).
O Barreiro ascendeu ao título de
cidade em 28 de Junho de 1984.
Para almoço, recomenda-se uma
tasca à antiga, com preço fixo de 7,5€ por refeição completa, incluindo ao
fim-de-semana. O piano de entrecosto estava divinal. Restaurante Minhoto, na
Rua Miguel Pais.
Sem comentários:
Enviar um comentário